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| "Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". (Mt 6.9,10) A vida cristã é fundamentalmente um relacionamento com o Criador. Nesse relacionamento, através de Jesus Cristo, Deus nos dá abundante vida. Nesse relacionamento, ainda, o cristão é dependente de Deus, feito uma nova criatura, e se torna servo para atualizar a vontade de Deus em sua vida. E como o princípio básico é o serviço, Deus expressa a Sua vontade, e o faz soberanamente, e nós buscamos cumpri-la. Para nós, portanto, é uma prioridade. Assim, a Escritura Sagrada o declara: "aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" . Isso nos traz a realização de uma promessa que se encontra em Hebreus 10.36: "Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa". Então, onde entra a família, ou o crente em vias de formar a sua família, o seu lar, em termos de preparo para o casamento, e de realizar a vontade divina no namoro, e no noivado, e no seu próprio casamento, tenha ele um, dois anos, alguns meses apenas, ou muito tempo de casado?
BUSCANDO A VONTADE DE DEUS NO NAMORO (Sl 37.4)
Namoro é coisa moderna. No passado não era assim, em algumas culturas, ainda hoje, também não é assim; não havia nem há namoro. O casamento era arranjado pelos pais, pois havia muitas conveniências envolvidas, questões econômicas, patrimoniais (para que não houvesse divisão de terras, de posses, os casamentos eram feitos, quantas vezes, dentro das próprias famílias), havia questões políticas. Gilberto Freyre fala em seu Casa Grande e Senzala a respeito de mocinhas que se casavam com doze, treze anos com homens bem mais velhos, com trinta e tantos, quarenta e tantos anos. Ele diz com uma nota de muita tristeza que quando essas meninotas/esposas estavam com 22, 23 anos já eram mães de muitos filhos e praticamente mulheres acabadas, sendo que muitas morriam bem cedo. Pobres bisavós e trisavós nossas.. Até se chegar aos dias de hoje, à escolha individual do namorado ou namorada, um longo caminho foi percorrido. Namoro é uma etapa para conhecimento recíproco da natureza, da consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvidos e dos que a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o namoro se torna uma corrida mal orientada e desenfreada, que termina com um casamento às pressas. É uma fase importantíssima pelo fato de conduzir a um aprofundamento de relações que é o noivado. É uma fase de educação de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e os olhos. Aliás, "namoro" é palavrinha interessante. Vem do verbo "enamorar-se", ou seja, "sentir amor por alguém, e inspirá-lo a alguém". É via de mão dupla. Namorar é buscar amor; é o vestibular do casamento; é período de conhecimento; é período de relacionamento social, e intelectual, e psicológico, e, também, espiritual. As famílias começam a se relacionar, e, assim, cada um vai descobrir quais os valores éticos, morais, comportamentais da família do outro. E não se iluda não, esses fatores que a família tem vão influenciar no casamento. Como é o lar, como se conduzem, como se comportam o pai, a mãe, os irmãos?. Em Ezequiel 16.44 está registrado que "tal mãe, tal filha", dito que têm uma variação na sabedoria popular. Dizem que se você quiser saber como vai ser a sua esposa daqui a vinte anos, é só olhar para a mãe dela. Compete aos pais a orientação para o amor. Namoro prematuro, precipitado, pode ser bonitinho, mas, também, altamente problemático. O envolvimento sentimental é forte demais para a cabecinha da garota, e para o coração do rapazinho. É vontade de Deus que você O busque com respeito ao namorado ou a namorada, pois não o diz Amós: "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?". Isso vale para o namoro também. É por essa razão que é preciso começar do modo certo. E voltando à Palavra de Deus: "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso".
Pr. Josue Gonçalve
http://www.josuegoncalves.com.br/portal/artigos_detalhe.asp?cod=1869&sessao=16#.UDYmJMFlTPx
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