Se você é adepto de pequenas mentiras, vez ou outra, é melhor repensar seu comportamento: uma pesquisa divulgada neste sábado (04/08) revelou que a honestidade pode causar benefícios físicos e psicológicos em curto prazo.
Uma equipe de psicólogos da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, realizou por dez semanas um experimento para avaliar os efeitos da honestidade em uma pessoa. Durante esse período, mais de cem indivíduos com idades entre 18 e 71 anos foram testados.
Os pesquisadores instruíram metade dessas pessoas a omitir verdades, evitar responder perguntas que pudessem acarretar em mentiras e manter segredos. Tudo o que fosse necessário para não cometer deslizes. A outra metade estava absolutamente livre para enganar, e todos eram examinados por polígrafos semanalmente.
“Evidências recentes indicam que os americanos mentem, em média, 11 vezes por semana. Nós queríamos saber se viver mais honestamente pode levar a uma melhor saúde”, explicou Anita Kelley, psicóloga que liderou o estudo, durante encontro da Associação Americana de Psicologia no qual o levantamento foi apresentado.
Durante o período de estudo, a relação entre mentir menos e ter uma saúde melhor se mostrou significativamente maior nos participantes do grupo “honesto”. Em um exemplo, esses bons samaritanos apresentaram, em média, quatro vezes menos queixas ligadas à saúde mental e três vezes menos reclamações sobre dores físicas.
Em geral, Kelly contou que os participantes da equipe de honestos conseguiram reduzir o número de mentiras em torno da quinta semana de prática. Esse novo comportamento os ajudou a manter relações próximas mais saudáveis, principalmente porque suas interações sociais se tornaram mais simples do que anteriormente.
Aos que foram instruídos a não mentir, eles contaram depois como fizeram para não cometer gafes. A maioria disse que conseguiu melhorar sua condição simplesmente contando a verdade, sem exagerar, ou explicando sem rodeios por que esteve atrasado ou não conseguiu cumprir tarefas, em vez de inventar desculpas.
Quando a mentira parecia inevitável, outra parte alegou que conseguiu contorná-la com alguns truques.
Ao responder uma pergunta complicada, muitos conseguiram fugir delas fazendo outras perguntas, trocando de assunto ou sendo vago e até rindo, como se as questões fossem ridículas demais para serem respondidas.
Fonte: Época Negócios
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