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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Namoro nos trilhos [Parte 2]


Continuando hoje com a série Namoro nos trilhos. Vamos aos sete hábitos de um namoro altamente defeituoso. Se não viu a primeira parte, leia aqui.
1. O namoro leva à intimidade, mas não necessariamente a um compromisso.
Bianca era uma caloura no ensino médio; seu namorado, Alex, estava no último ano. Alex era tudo que a Bianca sonhou em um rapaz, e por oito meses eram inseparáveis. Mas dois meses antes do Alex partir para a faculdade, ele abruptamente anunciou que não queria mais ver a Bianca.
“Quando terminamos, foi definitivamente a coisa mais difícil que já aconteceu comigo” Bianca me contou depois. Mesmo que fisicamente não passaram de um beijo, Bianca tinha entregado o seu coração e as suas emoções completamente ao Alex. Ele tinha aproveitado a intimidade enquanto servia às suas necessidades, mas a rejeitou quando estava pronto para seguir adiante. Esta história lhe parece familiar? Talvez você tenha ouvido algo semelhante de um amigo, ou talvez você mesmo tenha vivido isso. Como em muitos namoros, Bianca e Alex se tornaram íntimos com pouco, ou mesmo nenhum pensamento sobre compromisso ou como seriam afetados quando terminassem. Podemos por a culpa no Alex por ter sido um canalha, mas façamos uma pergunta a nós mesmos:
Qual é a idéia principal na maioria dos namoros?Geralmente o namoro estimula a intimidade pela própria intimidade – duas pessoas se aproximam sem nenhuma real intenção de um compromisso de longo prazo. Intimidade que se aprofunda sem a definição de um nível de compromisso é nitidamente perigoso.
É como escalar uma montanha com uma parceira sem saber se ela quer a responsabilidade de segurar a sua corda. Quando estiverem a seiscentos metros de altura em uma encosta, você não quer conversar sobre como ela se sente “presa” por causa do relacionamento. Do mesmo modo, muitas pessoas experimentam mágoas profundas quando elas se abrem emocionalmente e fisicamente apenas para serem abandonadas por outros que declaram que não estão prontos para um “compromisso sério”.
Um relacionamento íntimo é uma experiência linda que Deus deseja que experimentemos. Mas ele fez com que a realização advinda da intimidade fosse um sub- produto do amor baseado no compromisso. Você poderá dizer que a intimidade entre um homem e uma mulher é a cobertura do bolo de um relacionamento que se encaminha para o casamento. Se olharmos para a intimidade desta forma, então na maioria dos namoros só tem a cobertura. Normalmente falta a eles um propósito ou um alvo bem definido. Na maioria dos casos, especialmente no colégio, o namoro é de curta duração, atendendo às necessidades do momento. As pessoas namoram pois querem aproveitar os benefícios emocionais e até físicos da intimidade sem a responsabilidade de um compromisso real. Na verdade, isso é a essência da revolução original do namoro. O namoro não existia antigamente. Como eu o vejo, o namoro é um produto da nossa cultura direcionada à diversão e totalmente descartável. Muito antes da revista Seventeen* (Dezessete) dar dicas sobre namoro, as pessoas faziam as coisas de modo muito diferente.
Na virada do século vinte, um rapaz e uma garota apenas se envolviam romanticamente quando planejavam se casar. Se um rapaz frequentasse a casa de uma garota, a família e os amigos deduziam que ele tinha a intenção de pedir a sua mão. Mas as variações de atitude na cultura e a chegada do automóvel trouxeram mudanças radicais. As novas “regras” permitiam às pessoas entregarem-se a todas as emoções do amor romântico sem nenhuma intenção de casamento. A escritora Beth Bailey documentou estas mudanças em um livro cujo título, From Front Porch to Backseat (Do Alpendre ao Banco de Trás), diz tudo sobre a diferença na atitude da sociedade quando o namoro passou a ser a norma. Amor e romance passaram a ser aproveitados pelas pessoas apenas pelo seu valor de entretenimento. Apesar de muita coisa ter mudado desde os anos 20, a tendência dos namoros em caminhar na direção de uma maior intimidade sem compromisso permanece praticamente a mesma.
Para o cristão este desvio negativo está na raiz dos problemas do namoro. A intimidade sem compromisso desperta desejos emocionais e físicos que nenhum dos dois pode satisfazer se agirem corretamente. Em I Tessalonicenses 4:6 a Bíblia chama isso de “defraudar”,
Neste assunto, ninguém prejudique a seu irmão nem dele se aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e asseguramos.
em outras palavras, roubar alguém ao criar expectativas mas não satisfazendo o que foi prometido. O Pr. Stephen Olford descreve defraudar como “despertando uma fome que não podemos satisfazer justamente” prometendo algo que não podemos ou não iremos cumprir. Intimidade sem compromisso, semelhante à cobertura sem o bolo, pode ser gostoso, mas no final passamos mal.
*Nota: A revista Seventeen é direcionada ao público adolescente abordando temas como sexo e relacionamentos semelhante às revistas Querida, Capricho, etc.
2. O namoro tende a pular a fase da “amizade” de um relacionamento.
Pedro conheceu Libby em um retiro do colégio promovido por uma igreja. Libby era uma garota amigável com uma reputação de levar a sério o seu relacionamento com Deus. Pedro e Libby começaram a conversar durante um jogo de vôlei e parecia que gostaram um do outro. Pedro não estava interessado em um relacionamento intenso, mas queria conhecer melhor a Libby. Dois dias depois do retiro ele ligou e convidou-a para um cinema no final-de-semana seguinte. Ela aceitou. Será que Pedro deu o passo certo? Bem, acertou no que se refere a conseguir um programa, mas se ele realmente quisesse construir uma amizade, errou feio. Um programa a dois tem a tendência de levar um rapaz e uma garota além da amizade e na direção do romance muito rapidamente.
Você já ouviu alguém preocupado a respeito de sair sozinho com uma amiga de longa data? Seja, provavelmente ouviu esta pessoa dizer algo assim: “Ele me pediu para sair, mas eu temo que se começarmos a namorar isso mudará a nossa amizade”. O que ela está realmente dizendo? Pessoas que fazem declarações como esta, estando cientes disso ou não, reconhecem que o “programa” estimula expectativas românticas. Em uma amizade verdadeira você não se sente pressionado sabendo que gosta da outra pessoa, ou que ela gosta de você. Você se sente livre para ser você mesmo e fazer as coisas juntos sem gastar três horas na frente do espelho, assegurando-se de que você esteja perfeita. C.S. Lewis descreve a amizade como sendo duas pessoas andando lado a lado em direção a um objetivo comum. Os seus interesses mútuos os aproximam. Pedro pulou esta fase de “coisas em comum” ao convidá-la para um programa típico, um jantar e depois um cinema, sem preocupações filosóficas, onde o fato de serem “um casal” era o foco principal. No namoro, a atração romântica geralmente é a base do relacionamento.
A premissa do namoro é: “Eu estou atraído por você; então vamos nos conhecer melhor”.
A premissa da amizade, por outro lado, é: “Nós estamos interessados nas mesmas coisas; vamos curtir estes interesses comuns juntos”.
Se após o desenvolvimento de uma amizade, a atração romântica aparece, então é um ponto a mais.
Ter intimidade sem compromisso é defraudar. Intimidade sem amizade é superficial. Um relacionamento baseado somente na atração física e nos sentimentos românticos apenas durará enquanto durarem os sentimentos.
3. O namoro geralmente confunde relacionamento físico com amor.
Continua amanhã!
Eu nunca namorei, mas esse estudo me fez pensar bastante sobre os relacionamentos! Então não perca as próximas partes. E que Deus possa abençoar você tanto ou até mais do que me abençoou com esse estudo!!

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